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História Astória Hotel em Coimbra

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História Astória Hotel

História Hotel em Coimbra

Historia

O edificio do Hotel Astória foi edificado de 1915 e 1919 sob traço de Adães Bermudes, que já anteriormente, em 1906, havia projectado ao lado o edificio da Delegação do Banco de Portugal em Coimbra, constituindo-se ambos os edificios nos mais notáveis ícones da Arte Nova na cidade.
Arnaldo Redondo Adães Bermudes (Porto, 1 de Outubro de 1864 — Sintra, 18 de Fevereiro de 1948), mais conhecido por Adães Bermudes, foi um arquitecto, professor de arquitectura e político português de origem galega que se notabilizou como um dos expoentes do movimento da Arte Nova em Portugal.

Várias das suas obras foram distinguidas com prémios, incluindo o prestigioso Prémio Valmor, incluindo-se entre as melhores realizações arquitectónicas do princípio do século XX em Portugal. Era formado em arquitectura pela Academia Portuense de Belas Artes e pela École des Beaux-Arts de Paris, tendo sido professor da Escola de Belas Artes de Lisboa e funcionário e dirigente do Ministério do Reino e depois do Ministério do Comércio e Comunicações. Destacado republicano foi senador e presidente interino da Câmara Municipal de Lisboa. Concebeu algumas o das obras mais emblemáticas da arquitectura escolar em Portugal, incluindo uma tipologia de escolas do antigo ensino primário[1] (que ainda ostenta o seu nome), a Escola Central de Coimbra, ou o Instituo Superior de Agronomia de Lisboa.

O Edifício na Avenida Almirante Reis, n.º 2 , Prémio Valmor de 1908, e“irmão de sangue” do Hotel Astória, constitui também uma das suas principais marcas em Lisboa.
Em 1925 o edificio foi tomado pelo hoteleiro Alexandre de Almeida que concluiu o seu interior e a sua adaptação a hotel, de acordo com projecto do arquitecto Francisco de Oliveira Ferreira (Porto, 25 de Setembro de 1884 - Vila Nova de Gaia, 30 de Dezembro de 1957). Francisco de Oliveira Ferreira foi discípulo do arquitecto Marques da Silva e diplomou-se em arquitectura civil pela antiga Academia Portuense de Belas-Artes. Foi também discípulo de José Teixeira Lopes, de quem foi colaborador no início da sua carreira profissional, destacando-se por netre as suas obras o Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular em Lisboa ou o Café A Brasileira no Porto.

Foi inaugurado a 28 de março de 1926 e considerado então como a catedral dos hotéis portugueses pela sua oferta de comodidades invulgares para a época como a primeira central telefónica a ser instalada e a funcionar num hotel de Portugal, o elevador – um dos primeiros da cidade, o aquecimento central e o requintado e luxuoso mobiliário.

A sua festa de inauguração que incluiu um banquete e um chá dançante foi o grande evento social do ano em Coimbra, nele tendo actuado o frenético sexteto “ Jazz Band César Magliano”.
O hotel foi projectado de acordo com um modelo eclético afrancesado, de grande riqueza decorativa e com marcantes traços estéticos Arte Nova e Art Déco.

Tornou-se então um ex-libris da cidade, conhecido pelos seus chás dançantes e pelo seu ambiente de enorme requinte para a época. Pelo hotel passaram as mais ilustres personalidades da nossa história, com destaque para o célebre discurso proferido de uma das suas varandas pelo General Humberto Delgado, a 31 de Maio de 1958, quando da sua corrida à Presidência da Republica, ou para a 1ª Presidência Aberta realizada em Portugal pela mão de Mário Soares, que em 1989 elegeu para tanto o Astória como seu palco, presidência essa que decorreu entre 29 de Junho e 8 de Julho desse ano.