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História Curia Palace Hotel em Coimbra

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História Curia Palace Hotel

História Hotel em Coimbra

O PALACE DA CURIA…Um dos mais antigos e belos hotéis do País …único, lendário e apaixonante…
Nesta rubrica temos maior prazer em lhe apresentar o “novo” Curia Palace e o convite para uma deliciosa redescoberta desta verdadeira preciosidade da Hotelaria portuguesa, que nos remete para o espirito de uma era que não vivemos e com a qual só podemos sonhar….

O projecto de remodelação deste hotel ímpar, e cheio de carácter e história, assumiu-se assim como afirmação clara e evidente de uma experiência hoteleira de gerações evidenciada através de uma capacidade real de evolução, tanto do produto como dos conceitos a ele associados, e tudo no mais profundo respeito pela essência e pelo estilo do local.
E aqui, tanto a obra em si como o seu resultado final merecem, de facto, ser narrados…

A partir de 2002, equipas de peritos das mais variadas áreas do conhecimento e projectistas das diferentes especialidades colaboraram na projecção para o futuro do Palace Hotel da Curia e no desenvolvimento e planificação deste arrojado projecto entregue ao atelier Capinha Lopes & Associados.

Tratava-se de preservar a alma e a identidade deste local ímpar, de resgatar todo o seu peso histórico e a sua memória, e de o relançar enquanto peça emblemática e incontornável da hotelaria portuguesa… O Curia Palace havia sido imaginado por Alexandre de Almeida, fundador da empresa e do grupo hoteleiro, que, após viagens de estudo à Côte d’Azur, Riviera italiana e Costa Leste dos Estados Unidos, indo de AtlanticCity a Chicago, o inaugurou em 1926, sob projecto de Norte Júnior, o grande arquitecto português da época, arquitecto da Casa Real e vencedor de 5 prestigiados prémios Valmor, com quem já anteriormente havia colaborado na remodelação do Palace Hotel do Bussaco, e com quem viria ainda a contar noutros projectos ao longo da vida. Assim, ambos nele expressaram plenamente os respectivos talentos, hoteleiro e artístico. Donde, desde logo, não só um projecto de enorme responsabilidade como também de grande carga histórica e afectiva…

E assim imaginou um verdadeiro grandioso Palace Hotel, bem ao gosto frenético dos “Dourados Anos 20”, que fosse o maior e o mais cosmopolita hotel de Portugal na época: espaços nobres de dimensões surpreendentes, um ambiente social numa lógica de “ver e ser visto”, muita animação com ênfase em festas sociais e mundanas e em em eventos desportivos extremamente elitistas para a época, que não só colocavam a Curia no mapa turístico da altura como impediam todo o eventual tédio dos Hóspedes.

Outra curiosidade constitui certamente também o facto de no Curia Palace, e nos longínquos anos 30, se terem iniciado as, actualmente tão em voga, co-produções cinematográficas com participação de divas e galãs de ambos os lados do Atlântico: no filme “O Trevo de Quatro Folhas”, rodado no hotel, a nossa lendária Beatriz Costa contracenou com o brasileiríssimo e histórico Procópio Ferreira…

O hotel foi também sempre local de refugio de grandes vultos da política, cultura e literatura portuguesa: em simultaneo, tanto Pedro Paixão, de Portugal, como o espanhol Ernesto Parra, se encontravam cada um no seu quarto refugio do Curia Palace a concluírem as respectivas obras literárias a serem lançadas …
Enfim, por todo o seu passado e pelo seu carácter único, o Curia Palace merecia ser alvo de uma intervenção que lhe devolvesse plenamente o estatuto a que tem direito.
Assim, em finais de 2005 o conceito encontrava-se finalmente fechado e o seu conteúdo formatado, tendo-se então iniciado a grande obra – e nada foi deixado ao acaso.

Gloriosamente, no penúltimo dia de Maio de 2008, uma vez ultrapassados todos os imponderáveis que encerra uma obra de completa remodelação de um edifício histórico, o renascido Palace da Curia reabriu as suas portas e, como resultado da obra, apresenta-se agora em três momentos distintos mas complementares.